Publicado por @hermes em 13/03/2014
A presidente Dilma Rousseff errou feio em sua estratégia de tentar
isolar o líder do PMDB na Câmara Federal, Eduardo Cunha. O deputado
carioca não age por conta própria. Os caciques peemedebistas, a começar
de Michel Temer (vice-presidente da República) e Renan Calheiros
(presidente do Senado Federal), estão por trás das táticas do líder da
bancada na Câmara que arregimentou descontentes para impor derrotas
sucessivas ao Palácio do Planalto.
Dilma, agora, tenta recompor-se dos ataques. Não se trata apenas de
jogadas de marketing para driblar as queixas das bancadas enfileiradas
na rebeldia peemedebista.
Após reunião na casa de Renan Calheiros, o PMDB do Senado decidiu
seguir o exemplo da bancada da Câmara Federal e não indicar mais nomes
para a reforma ministerial de Dilma Rousseff. Com isso, Vital Filho, que
já tinha recusado o convite para o Ministério do Turismo, sedimenta sua
ideia de ficar no Senado, à frente da Comissão de Constituição e
Justiça.
Com isso, a articulação política do PT tem que dizer para o que veio,
antes do incêndio aumente mais ainda. A presidenta tenta outro caminho.
Ao invés de cargos, tem procurado aliados para tratar de palanques
regionais, principalmente onde PT e PMDB podem fazer dobradinhas.
O PT faria concessões em estados como Maranhão, Paraíba, Rondônia e
Tocantins. No cômputo geral, quase nada eles pesam na definição das
eleições presidenciais, num primeiro ou segundo turno. Mas a presidenta
atenderia, assim, a demanda de líderes do partido, entre eles os
senadores José Sarney (AP) e o senador paraibano Vital do Rego Filho.
O Palácio do Planalto, nas últimas horas, avançou ainda mais. Dilma
teria acertado com o vice-presidente o vice Michel Temer que não tomaria
partido nas eleições estaduais. Ela não irá a comícios de candidatos.
E, se for, irá no de todos os aliados. O ministro Aloizio Mercadante
está avisando os demais partidos do acordo.
O PMDB até aceita a proposta, mas está escaldado. Para não sofrer
nova ducha de água fria como em 2010, tem que convencer o ex-presidente
Lula a não alavancar os petistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário